A criança dizia que sentia sede e dor após o ataque. “Calma, filha, seja forte, seja firme. Eu estou ao seu lado. Eu vou cuidar de você e sempre cuidei. Mas, agora, vou cuidar mais ainda, porque eu te amo. Foi a última vez que eu falei te amo para ela”, revelou a madrinha.
Anna, agora, pede por Justiça. O agressor já tem passagens na polícia pela Lei Maria da Penha. “O intuito dele era matar mulheres. E, com certeza, se for solto, vai querer matar mais e fazer mais vítimas. Conseguiu uma letal: a minha filha”, disparou a madrinha.
No sábado (5/2), o criminoso invadiu uma casa em Samambaia Norte onde estavam Izadora, a mãe, a avó, outra criança e uma amiga da família. Motivado inicialmente por ciúmes, o agressor esfaqueou todas sem piedade. Segundo testemunhas, a cena foi aterrorizante, e as mulheres gritaram por socorro. Izadora foi levada a um hospital, mas não sobreviveu.
Com lágrimas pelo rosto, Anna Carolina de Oliveira Dias, madrinha da menina, passa os olhos pelas fotos e por vídeos da criança e desaba. “O povo na rua chamava a Iza de estrelinha”. A criança começava a se aventurar no mundo dos influenciadores digital. E, a cada vídeo, recebia ajuda, supervisão e carinho da madrinha.
O carinho entre as duas era espontâneo. “Ela me chamava de mãe. Na semana passada, me perguntou assim: ‘mãe, a senhora já comprou quantas capinhas de celular?’ Eu falei: ‘sei lá’. E ela disse: ‘pois é, a minha está tão velha, que a cor dela está passando para o celular mesmo’. Comprei uma capinha nova com uma borboleta para colocar nela. E Izadora não chegou a ver a capinha nova. Ela partiu; virou uma borboletinha agora”, disse a madrinha, com lágrimas nos olhos.