Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou, segundo a Veja, que Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos – pagos com dinheiro público – entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021.
Os auditores do TCU vasculharam arquivos dos recursos destinados a custear despesas de caráter secreto pagas com cartões corporativos, chamados de suprimento de fundos.
Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões neste período somente com comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês. Não se sabe quais alimentos foram comprados.
O valor ultrapassa o que foi gasto durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) durante os últimos dois anos de mandato: R$ 2,33 milhões.
Com viagens, Bolsonaro desembolsou R$ 16,5 milhões em hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional.
O TCU também concluiu que ministros utilizaram o avião presidencial para curtir feriados fora de Brasília ou assistir a partidas de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos estão Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).