A Polícia Federal abriu inquérito para investigar suspeita de prevaricação de Jair Bolsonaro nas negociações do governo federal para a compra da vacina indiana Covaxin. O inquérito será conduzido pelo Sinq (Serviço de Inquérito) da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor que cuida de apurações que envolvem pessoas com foro. A informação foi publicada pela coluna Painel.
A apuração vem após declarações do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), que disse ter avisado Bolsonaro sobre irregularidades nas tratativas para a importação do imunizante.
A prevaricação é um tipo criminal em que o agente público deixa de agir ou retarda a ação em favor de interesses pessoais.
A Procuradoria-Geral da República pediu a investigação após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber cobrar manifestação da PGR sobre a notícia-crime apresentada ao Supremo por três senadores.
A compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante. Barros negou ter participado das negociações.