Após apagar a publicação, o CAC ruralista explicou a razão do recuo. “A raiva é tanta da sem vergonhice (SIC) desse vagabundo, que o nervoso faz cometer erros”
O deputado federal e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos (PSOL-SP), recebeu uma ameaça de morte nesta quinta-feira (23), nas redes sociais, por parte de Rodolpho Leite, um fazendeiro do Tocantins, apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e dono de empresa de consultoria para negócios rurais. O ruralista, que tem licença de atirador esportivo, apagou a publicação logo em seguida, mas o print ficou registrado.
A ameaça veio em resposta a uma publicação de Boulos que denunciava a ação de milicianos contra militantes do MTST durante o carnaval em São Paulo e no Mato Grosso. Leite compartilhou a publicação de Boulos na forma de stories, no Instagram. Na posatagem, chamou o deputado de “lixo” e “vagabundo”.
“Não são milícias não, são os fazendeiros mesmo e pode ficar chateadinho, vai ser daí para pior. Aqueles vagabundos deram sorte. Esses bandidos vão começar a ser mortos, aqui não vai ter tiro de aviso não”, escreveu. “Vai invadir junto, cara. Vira homem, estamos doidos para lhe dar um tiro nessa cara, nessa sua cara de pau”, concluiu.
Após apagar a publicação, o CAC ruralista explicou a razão do recuo. “A raiva é tanta da sem vergonhice (SIC) desse vagabundo, que o nervoso faz cometer erros”. A Folha procurou Leite, que não respondeu o contato.
Já a equipe de Boulos estuda a melhor medida a ser tomada contra o agressor. O deputado federal já foi ameaçado outras vezes, como quando teve uma arma apontada contra si em São Bernardo do Campo (SP) durante campanha eleitoral do último ano.
