
“Acredito que teve quem fizesse de livre e espontânea vontade, para mostrar que vestia a camisa da empresa. Mas, no meu caso, eu ouvi de um superior que eu já tinha outras tatuagens e que ‘não ficaria legal’ se eu não participasse e fizesse também”, conta.
“Demorei um tempo para entender que tinha sido uma coação. Fui marcado no ferro quente que nem gado.” O desabafo é de um dos funcionários da Cacau Show que fizeram a tatuagem com a palavra “atitude” após ser “incentivado” pelo fundador e CEO da empresa, Alê Costa.
Apesar de não trabalhar mais na Cacau Show, o ex-funcionário pediu para não ser identificado com medo de retaliações. Ele conta que ouviu falar pela primeira vez da tatuagem em reunião com Alê Costa. “Ele disse que vivia pela empresa, que estava na pele dele”, lembra.
Depois, “avisaram que havia dois tatuadores à disposição para fazer a mesma tatuagem”. “Eles ficavam em um lugar de muita visibilidade, todo mundo via quem optou por fazer ou não”, relata.
“Acredito que teve quem fizesse de livre e espontânea vontade, para mostrar que vestia a camisa da empresa. Mas, no meu caso, eu ouvi de um superior que eu já tinha outras tatuagens e que ‘não ficaria legal’ se eu não participasse e fizesse também”, conta.
O ex-funcionário relata, ainda, que enfrentou “problemas familiares, de relacionamento, de saúde e psicológicos” enquanto trabalhou na Cacau Show.