O ex-juiz Sergio Moro, que foi declarado parcial e suspeito pela suprema corte e culpado pelo Dieese pela destruição de 4,4 milhões de empregos no Brasil, é considerado duplamente traidor. A esquerda o vê como um traidor do Brasil, o que é verdade, e a extrema direita como um traidor de Jair Bolsonaro – o que também é verdade. Este carimbo é o que mais pesa para a ampla rejeição ao político do Podemos, segundo a coluna Painel.
“Uma das estratégias convergentes entre petistas e bolsonaristas para a pré-campanha das eleições de 2022, que já começou, é fazer colar em Sergio Moro (Podemos) a pecha de traidor. Apoiadores do ex-presidente Lula e integrantes do atual governo dizem que pesquisas internas começam a mostrar que esse é um ponto que causa alta rejeição ao ex-juiz. Dos dois lados, há também a defesa de que o ex-ministro de Jair Bolsonaro seja na maior parte do tempo ignorado”, aponta a coluna.
“Existe a percepção dele ser rejeitado não só por ser traidor, mas por ser o juiz corrupto, que tem lado. A suspeição, essa coisa de ele ser parcial, é inaceitável para o brasileiro”, disse ao Painel o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto.