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Cenário externo de “agressões” a instituições infiltrou-se no Brasil, diz Fachin

Presidente do TSE citou Estados Unidos, Equador, Peru e México como exemplos

Cenário externo de "agressões" a instituições infiltrou-se no Brasil, diz Fachin

O ministro afirmou que o Brasil está inserido em um contexto internacional em que se intensificam ataques às instituições, e citou casos de tentativas de interferência no processo eleitoral nos Estados Unidos, México, Equador e Peru.

 Cabe à sociedade brasileira garantir nos próximos meses uma mensagem de estabilidade, paz, segurança e de que “o Brasil não mais aquiesce a aventuras autoritárias”, disse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, nesta terça-feira, 17.

O ministro afirmou que o Brasil está inserido em um contexto internacional em que se intensificam ataques às instituições, e citou casos de tentativas de interferência no processo eleitoral nos Estados Unidos, México, Equador e Peru.

“De maneira ainda mais evidente, a evolução política e social da nossa região, a América Latina, não pode deixar de ser parte integrante de nossa própria evolução”, disse Fachin, na abertura do evento ‘Democracia e Eleições na América Latina e os Desafios das Autoridades Eleitorais’.

“A estapafúrdia invasão do Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro do ano passado; os reiterados ataques sofridos pelo Instituto Nacional Eleitoral do México; as ameaças, inclusive de morte, sofridas pelas autoridades eleitorais peruanas no contexto das últimas eleições presidenciais — são exemplos do cenário externo de agressões às instituições democráticas, que não nos pode ser alheio. É um alerta para a possibilidade de regressão a que estamos sujeitos e que pode infiltrar-se em nosso ambiente nacional — na verdade, já o fez”, disse.

Fachin afirmou ainda que convém refletir sobre as recentes conturbações ocasionadas pela contagem manual de votos.

“As discórdias quanto aos resultados das eleições presidenciais do primeiro turno no Equador, em fevereiro do ano passado, e do segundo turno no Peru, alguns meses depois, sem falar nos Estados Unidos, evidenciam os transtornos a que podem conduzir a apuração de cédulas de papel”, afirmou.