Reportagem de autoria do site Metrópoles, coluna Na Mira, divulgada neste sábado, 22, sugere que a campanha do prefeito David Almeira contou com o apoio da facção criminosa, Comando Vermelho (CV).
Com o título “Relatório aponta que Comando Vermelho teria feito suposta aliança com prefeito de Manaus”, a matéria, assinada por Mirelle Pinheiro e Carlos Carone, diz que a influência do CV na campanha do prefeito David Almeida é apontado em relatório elaborado pela Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Manaus, que foi obtido pela coluna.
De acordo com o site, o documento contém 63 páginas e sugere que a campanha do político, em 2020, tenha pagado cerca de R$ 70 mil aos integrantes da facção em troca de apoio.
No Amazonas, segundo levantamento jornalístico do site, o objetivo maior do CV é de obter cada vez mais poder e influência na região, onde as facções passaram a fazer negócio com campanhas de políticos locais, incluindo, supostamente, a do atual prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).
Conforme ressaltou o Metrópoles, o documento é fruto de análise minuciosa feita em celulares de integrantes da organização criminosa carioca, como no de Lenon Oliveira do Carmo, conhecido como Bileno.
Em julho deste ano, ele acabou morrendo durante um confronto policial ocorrido na estrada do Puraquequara, na zona Leste de Manaus.
Um dos diálogos traz como personagem o gerente do tráfico de drogas de Bileno, conhecido como Alex. No áudio, ele fala de supostos acordos com David e Marcos Rotta (PP), atualmente prefeito e vice-prefeito de Manaus.
Segundo o dossiê produzido pelas forças de segurança de Manaus, Bileno era peça fundamental para o Comando Vermelho no Norte. Ele mantinha o controle do tráfico e autorizava reuniões entre seus intermediários com postulantes a cargos no governo estadual.
Mensagens apontam que os faccionados foram supostamente procurados pelos assessores dos candidatos. A organização criminosa se comprometia a conseguir votos em comunidades dominadas pelo CV em troca de regularização de áreas invadidas e implementação de infraestrutura como poços, asfalto e cisternas.