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Desembargador Ney Bello determina investigação de Filipe Martins por racismo

Em sua defesa, Filipe alegou que estava simplesmente ajeitando a lapela de seu paletó. No entanto, a perícia realizada pelo Senado refutou essa alegação.

Desembargador Ney Bello determina investigação de Filipe Martins por racismo

Esse gesto, associado a grupos racistas, envolve a união dos dedos polegar e indicador, mantendo os dedos médio, anelar e mínimo esticados, formando as letras "WP," que representam o lema racista "White Power" (Poder Branco).

O desembargador Ney Bello revogou a decisão que anteriormente havia absolvido sumariamente Filipe Martins, assessor Especial para Assuntos Internacionais do governo de Jair Bolsonaro (PL), da acusação de racismo, informa Octavio Guedes, do g1. Isso ocorreu devido a um gesto característico de supremacistas brancos que Filipe fez durante uma sessão no Senado em 2021.

O juiz da 11ª Vara Criminal do Distrito Federal havia encerrado o processo com base na crença de que o comportamento descrito na denúncia do Ministério Público não constituía um crime. Na sua decisão, Ney Bello sustentou exatamente o contrário, afirmando: “o que temos sa?o indi?cios. Fortes indi?cios, diria eu. Por serem fortes indi?cios, na?o e? cabi?vel a manutenc?a?o da absolvic?a?o suma?ria do apelado”. Com base na decisão de Bello, o processo prosseguirá na primeira instância.

O gesto ocorreu durante uma sessão remota do Senado no dia 24 de março de 2021. Na ocasião, Filipe Martins acompanhava o então ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para discutir questões relacionadas à pandemia de Covid-19.

Esse gesto, associado a grupos racistas, envolve a união dos dedos polegar e indicador, mantendo os dedos médio, anelar e mínimo esticados, formando as letras “WP,” que representam o lema racista “White Power” (Poder Branco).

O Senador Randolfe Rodrigues identificou o gesto e alertou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Como resultado, a Polícia do Senado Federal abriu um inquérito para investigar o ocorrido. Em sua defesa, Filipe alegou que estava simplesmente ajeitando a lapela de seu paletó. No entanto, a perícia realizada pelo Senado refutou essa alegação.