Um documento manuscrito apreendido pela Polícia Federal na mesa do assessor do general Braga Netto, o coronel Peregrino, na sede do Partido Liberal, afirmava: “Lula não sobe a rampa”.
O material obtido na investigação que mira um grupo responsável pela elaboração e planejamento de um golpe de Estado foi encontrado em uma pasta denominada “memórias importantes” e funcionava como um “esboço de ações planejadas para a denominada Operação 142”, de acordo com a Polícia Federal.
• Relatório da PF. pg. 752
O inquérito diz que o documento demonstra que Braga Netto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), e seu entorno “tinha clara intenção golpista com o objetivo de subverter o Estado Democrático de Direito, utilizando uma interpretação anômala do art. 142 da CF (Constituição Federal), de forma a tentar legitimar o golpe de Estado”.
A frase estava sob o tópico EFD Pol (Estado Final Desejado Político) e, de acordo com a investigação, é “clara alusão ao impedimento de que o vencedor das eleições de 2022 assumisse o cargo da presidência”.
A PF aponta que o documento teria sido redigido entre novembro e dezembro de 2022.
Outros tópicos encontrados no documento, que de acordo com a PF possuem siglas e jargões militares eram: “Avaliação da conjuntura”; “Linhas de esforço”; “CG ESTRT (Centro de Gravidade Estratégico); “EFD ESTRT (Estado Final Desejado Estratégico); CG POL (Centro de Gravidade Político).
O texto, conclui a Polícia Federal “demonstram a intenção dos investigados em executar um golpe de Estado para manter o então presidente JAIR BOLSONARO no poder”