Em sentença de março de 2016, ao condenar o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o então juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, recomendou que o Grupo Odebrecht fechasse acordos de leniência e, para isso, adotasse medidas de “compliance”.
Na sentença, Moro citou, entre as medidas que deveriam ser praticadas pela Odebrecht para “recuperar a sua reputação”, a adoção “de sistemas internos mais rigorosos de compliance”.
Agora, Moro trabalha enquanto sócio-diretor na consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, que vai ajudar na recuperação judicial da Odebrecht e da OAS, empreiteiras brasileiras destruídas pela Lava Jato.
A consultora irá faturar R$ 34,8 milhões pela administração da recuperação judicial das construtoras Odebrecht e OAS. De salário, Moro receberá R$ 1,7 milhão por ano.