O homem-bomba que se explodiu em frente à estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal (STF), ameaçou o policial Judiciário que tentou conter o ataque à bomba, na Praça dos Três Poderes. O profissional da segurança do STF se dirigiu a Francisco Wanderley Luiz segundos após ele jogar um pano com gasolina em cima da estátua e detonar um explosivo em frente à sede do Poder Judiciário.
O policial foi em direção ao homem, mesmo com uma bomba no corpo dele e conteve um possível ingresso na sede da Corte com os explosivos. No momento em que o policial segurou Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba gritou: “Sai daqui, senão te explodo junto”.
Na tarde desta quinta-feira (14/11), o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, agradeceu a ação dos policiais judiciários. Disse que foram ágeis e impediram um ataque pior.
Na opinião do ministro Alexandre de Moraes, sorteado relator do caso no STF, o homem-bomba só se explodiu porque sabia que seria preso. A declaração foi dada durante sessão na Corte, um dia após o ataque.
“Quero lamentar essa mediocridade das pessoas que, por questões ideológicas, querem banalizar dizendo o absurdo que foi, por exemplo, um mero suicídio. Não, a nossa polícia judicial evitou que ele entrasse aqui para explodir e, na hora que seria preso, ele se explodiu”, ressaltou o ministro.
Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o homem, de 59 anos, pretendia “matar ministros da Suprema Corte”, em especial, o próprio Moraes.
Para a PF, o episódio não foi um fato isolado e se conecta com outras investigações, como o inquérito sobre os atos golpistas do 8 de Janeiro.