Apenas duas semanas se passaram desde que o Brasil se comprometeu com medidas de proteção ambiental durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 26). O cenário que se vê no país, no entanto, é bem diferente da imagem de preocupação com o meio ambiente que o Governo federal tentou vender para as grandes potências.
Nesta quinta-feira, imagens de centenas de balsas garimpando livremente o leito de um dos mais importantes rios da Amazônia tomaram as redes sociais. “É um crime ocorrendo à luz do dia, sem o menor constrangimento”, afirma Danicley Aguiar, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace, que sobrevoou a região para averiguar a denúncia de crime ambiental, em nota divulgada à imprensa.
As imagens feitas pela ONG mostram diversas fileiras de dragas e empurradores, equipamentos que cavam o fundo do rio em busca do minério, posicionados no rio Madeira na altura da comunidade de Rosarinho, na cidade de Autazes (Amazonas), a 110 quilômetros de Manaus. Eles teriam sido atraídos há duas semanas por boatos da descoberta de ouro na região. O local é bastante estratégico uma vez que a distância da capital dificulta fiscalização.
“O Madeira é o rio com a maior biodiversidade no mundo. Abriga pelo menos 1.000 espécies de peixes já identificadas. Trata-se de um gigante que agoniza com hidrelétricas e uma epidemia de garimpo que nunca foi contida”, afirmou Aguiar.
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