Integrantes do PSDB de São Paulo compareceram hoje à tarde ao ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na avenida Paulista. Eles integram o Bloco Democrático, composto por representantes de mais de 30 entidades, entre elas partidos de esquerda, como o PDT e o PCdoB.
“Não é um problema [estar ao lado de militantes de partidos de outras correntes políticas]. Não estamos aqui para defender candidatos do nosso partido. Estamos aqui contra o Bolsonaro“, disse Carolini Gonçalves, presidente do núcleo religioso do PSDB.
Carolini entende que o governo Bolsonaro representa uma ameaça à democracia. “Democracia é poder discordar. Será que com Bolsonaro eu vou poder ser oposição em 2022?”, questionou.
Leandro Braga, que também faz parte da sigla, entende que o momento é de união entre partidos tradicionalmente rivais na luta contra o bolsonarismo.
“Não é uma decisão de um grupo. É uma frente nacional contra esse governo de abusos e ações contra a saúde pública em meio a uma pandemia”, argumentou. “Nesse momento, a união é necessária pela sobrevivência da democracia”, completou.
Com faixas atacando Bolsonaro e críticas à condução do combate à pandemia pelo Ministério da Saúde e à alta de preços (principalmente do gás de cozinha), os atos contra o governo federal e pelo impeachment do presidente da República ocorreram desde a manhã de hoje nas principais capitais. A maior concentração pela manhã ocorreu no Rio de Janeiro. Em São Paulo, os manifestantes se concentram na região do Masp, na avenida Paulista —o ato acontece à tarde.