O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento à nação, para falar sobre este 7 de setembro (Dia da Independência do Brasil). O chefe de Estado mandou um recado à rede social X, do empresário de extrema-direita Elon Musk.
“Nenhum país é de fato independente quando tolera ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira”, afirmou Lula.
“Nossa soberania não está à venda. Nenhum país do mundo é de fato independente quando seu povo perde a esperança. Por isso, comemoramos a volta da capacidade de sonhar da nossa juventude, graças à geração de oportunidades para todos e todas”.
Leia a íntegra da nota:
Minhas amigas e meus amigos,
Amanhã é dia de comemorarmos a independência do Brasil. E é também um bom momento para celebrarmos a democracia. Nenhum país é de fato independente sem o exercício pleno da democracia.
A democracia é mais do que votar no dia da eleição. É lutar pela conquista de direitos. O direito de fazer três refeições por dia, morar com dignidade, ter um bom emprego, salário justo, segurança para cuidar da família e conquistar um futuro melhor para nossos filhos.
Democracia não é um pacto de silêncio. É o debate entre as opiniões divergentes que compõem a sociedade. Democracia é o diálogo, é a convivência civilizada entre opostos. É o respeito à vontade do povo expressa livremente nas urnas.
Não é o direito de mentir, espalhar o ódio e atentar contra a vontade do povo. Em momentos decisivos da história, a defesa da democracia é capaz de unir adversários de longa data. Foi assim na construção da aliança para garantir a governabilidade do país, após as eleições de 2022.
Foi assim no 8 de janeiro de 2023, quando democratas de quase todos os partidos se uniram para derrotar a tentativa de golpe. Daquele dia em diante, deixamos bem claro ao mundo que o Brasil é um país onde a paz e a liberdade imperam, mas não é um território sem lei e sem ordem.
Minhas amigas e meus amigos,
A vitória da democracia permitiu que trouxéssemos de volta as políticas de inclusão social que retiraram milhões de pessoas da pobreza. Permitiu que tivéssemos, de novo, uma política externa ativa e altiva, à altura da grandeza do Brasil. Que a saúde e a educação voltassem a ser prioridade.
Que a ciência derrotasse o negacionismo. E que o combate a todas as formas de desigualdade voltassem à ordem do dia. Permitiu a convivência harmoniosa entre Executivo, Legislativo e Judiciário. E, também, que firmássemos parceria entre o governo federal, governadores e prefeitos, independentemente do partido político de cada um.
Foi assim na seleção das obras prioritárias do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, para cada estado e cada município. Foi assim no socorro imediato às vítimas das calamidades, a exemplo das enchentes do Rio Grande do Sul, e agora também das queimadas no Pantanal e na Amazônia.
E será assim também na criação de uma Política Nacional de Segurança Pública, em diálogo com os 27 governadores. Juntos, vamos derrotar o crime organizado.
Leia a íntegra da nota:
Minhas amigas e meus amigos,
Nenhum país é de fato independente quando tolera ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira. Nossa soberania não está à venda. Nenhum país do mundo é de fato independente quando seu povo perde a esperança. Por isso, comemoramos a volta da capacidade de sonhar da nossa juventude, graças à geração de oportunidades para todos e todas.
Por isso, comemoramos a retirada de 24,5 milhões de pessoas do pesadelo da fome. Por isso, comemoramos a criação recorde de cerca de 3 milhões de empregos com carteira assinada. É a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos. E o crescimento da economia. Por isso, comemoramos o aumento do poder de compra e a melhoria da qualidade de vida da nossa população.
Temos muitos desafios pela frente, mas estamos no rumo certo.
É o começo de uma caminhada para um Brasil melhor para toda a família brasileira.
Viva a independência do Brasil. Viva a democracia.