O pastor José Wellington Bezerra da Costa, um dos líderes da Assembleia de Deus, admitiu em fevereiro, que a igreja fez intermediação de pagamentos de emendas parlamentares para eleger três de seus filhos em São Paulo. “Emenda só vai para o prefeito por intermédio do pedido do pastor da Assembleia de Deus”, disse o religioso, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada no dia 10 de fevereiro.
A declaração do religioso seria uma antecipação das informações divulgadas na última segunda-feira (23/03) sobre o ministro da Educação, Milton Ribeiro. O titular do MEC admitiu que o governo federal prioriza prefeituras que tenham seus pedidos intermediados por dois pastores – Gilmar Santos e Arilton Moura.
Segundo o Estadão, o pastor também afirmou que eleitorado que ali está, irmãos, “não é do prefeito, mas são irmãos em Cristo que estão nos apoiando para que os nossos candidatos continuem trabalhando”.
Em um culto, o pastor disse que os filhos são livres para escolher os beneficiados, mas revelou como abordam os prefeitos: “Você quer dinheiro? Quer, mas chame então o pastor da Assembleia de Deus”.
O religioso controla a Convenção-Geral das Assembleias de Deus no Brasil e, em São Paulo, é líder do Ministério de Belém, vertente mais tradicional da denominação no Sudeste. Em 2018, ele apoiou Jair Bolsonaro (PL).
Sobre o esquema, o titular do MEC, Milton Ribeiro, disse, nesta terça-feira (22), que não há “possibilidade de o ministro determinar alocação de recursos para favorecer ou desfavorecer qualquer município ou estado”.
Pastor José Wellington Bezerra da Costa, líder da gang @adbrasil #Assembleia de Deus.
Prestem atenção na organização criminosa evangélica:
Filha 1: Vereadora-São Paulo @RuteCostaSP, PSDB
Filha 2: estadual @Dep_MartaCosta, PSD-SP.
Filho: federal @DF_PauloFreire, PL-SP.@RodP13 pic.twitter.com/Gp1bKNqucw— RegisGalo13 (@RegisGalo_13) February 13, 2022