A Polícia Federal (PF) emitiu um alerta máximo em todos os aeroportos, portos e fronteiras terrestres após a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
O Brasil faz fronteiras terrestres — as chamadas fronteiras secas — com 10 países. A extensão é de mais de 16.8 mil quilômetros. Já as fronteiras marítimas alcançam cerca de 7.3 mil quilômetros.
O alerta inclui todos os pontos de controle migratório que são homologados pela PF.
Além do monitoramento intenso nas fronteiras, os nomes dos fugitivos foram colocados na lista vermelha da Interpol. A medida é preventiva para conhecimento de demais países sobre os condenados.
Os foragidos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Querubim, Chapa, Cabeça de Martelo ou Martelo; e Deibson Cabral Nascimento, apelidado de Tatu, Deisinho ou Deicinho.
Apurações iniciais indicam que os criminosos fugiram às 3h17 desta quarta-feira (14), depois de escalar uma luminária, alcançar o teto, cortar a cerca e pular.
Não se sabe ainda como conseguiram atravessar as portas da cela, do corredor e do pátio do presídio de segurança máxima, além de burlar o sistema interno do circuito fechado de câmeras de segurança.
Essa é a primeira fuga em um presídio de segurança máxima desde a criação do sistema em 2006. Outros criminosos de alta periculosidade estão em Mossoró como Fernandinho Beira-Mar. Os dois fugitivos eram ligados ao Comando Vermelho.
No Brasil, há cinco unidades. O setor de inteligência identificou a fuga e um alerta foi emitido a todos os policiais penais.