A PF (Polícia Federal) investiga as explosões na praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira (13) como um ato terrorista.
Inquérito foi aberto ainda na noite de ontem. Segundo nota da PF divulgada cerca de duas horas após as explosões, um inquérito policial seria instaurado para apurar os ataques. Há uma coletiva marcada para às 11h desta quinta-feira (12) na qual a corporação deve informar mais detalhes sobre as investigações.
A polícia diz que o local onde autor de explosões se abrigava era “ambiente confinado”. Segundo o major Raphael Broocke, da PM do DF, policiais entraram no local e fazem uma varredura mais cuidadosa do que os trabalhos na praça dos Três Poderes. “Ali o cuidado é muito maior porque envolve outras residências. É um ambiente confinado. Então os policiais estão tendo um cuidado redobrado, muito maior do que o cuidado que se teve aqui”, afirmou Broocke.
Casa onde foi realizada busca faz parte de conjunto de quatro kitnets. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o imóvel era alugado pelo homem que detonou as bombas e essas buscas na residência foram feitas por volta das 22h desta quarta-feira (13) pela polícia. Os relatos de policiais são de que o local tinha muita bagunça e vários objetos espalhados.
Cinto com explosivos no autor foi identificado por robô e removido por policial com traje antibomba. O major Broocke disse que as bombas não foram retiradas pelo robô em razão de uma “limitação operacional” do equipamento da PM. Por isso, um policial precisou se aproximar para fazer o corte dos fios que conectavam o cinto aos explosivos.
“Foi uma operação muito delicada justamente para evitar que ocorressem novas explosões”, afirmou o porta-voz da PM.
PM também monitora locais onde autor das bombas passou para verificar se há mais explosivos. “Está sendo feito monitoramento dos locais que ele passou para as equipes conseguirem se aproximar ao máximo das possibilidades de ele ter colocado bomba em outras regiões, mas tudo em investigação ainda”, acrescentou Broocke.
Corpo em frente ao STF foi recolhido às 9h05, quase 14 horas depois da explosão, e liberado para o IML. A perícia no local terminou na manhã desta quinta-feira (14). Francisco Wanderley Luiz se aproximou da entrada do STF por volta das 19h30 de ontem e ativou os explosivos que tinha no corpo. Segundo o relato de um segurança da Suprema Corte, o homem circulou pelo local com “atitude suspeita” e deitou no chão para esperar as bombas explodirem. Um carro também explodiu no estacionamento da Câmara.
Praça dos Três Poderes está com segurança reforçada na manhã desta quinta-feira (14). Na Esplanada dos Ministérios, policiais instalaram grades para proteger os prédios e viaturas estão estacionadas nas ruas com agentes fazendo a vigia dos arredores. No Palácio do Planalto, o Exército está de plantão na entrada para fazer a proteção do local. As Forças Armadas foram acionadas pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Entenda o caso
As explosões ocorreram por volta das 19h30 de quarta-feira (13). Uma varredura será feita nos prédios da Câmara e do STF nesta quinta-feira — as atividades devem ser retomadas a partir das 12h. O Senado Federal suspendeu os trabalhos.