O pleito de outubro deste ano será o primeiro em quase 30 anos que a população de Porto Alegre não poderá contar com o transporte gratuito para comparecer aos locais de votação. O fim do passe livre foi sancionado pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) em dezembro de 2021, por meio de uma lei apresentada pelo próprio governo municipal. O fim da gratuidade causou indignação nas redes sociais sobre os reais motivos que estariam por trás da mudança na legislação.
“O governo bolsonarista de Porto Alegre terminou com o passe livre no dia da eleição. Qual será o interesse de tentar impedir o deslocamento para votação da camada mais pobre da população?” questionou a ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB), que desistiu de concorrer ao Senado em função de uma série de ataques e ameaças feitas por militantes bolsonaristas e de extrema direita.
Outros perfis também criticaram o fim da gratuidade sugerindo que o objetivo é favorecer a candidatura de reeleição de Jair Bolsonaro. “Porto Alegre não terá passe livre no dia da eleição. Justo na eleição em que Bolsonaro perde na camada + pobre da população. Um escândalo! A caneta do Prefeito Melo a serviço dos interesses das empresas de ônibus e, na prática, do pior presidente que a história recente já viu”, escreveu a deputada federal e candidata à reeleição Fernanda Melchior (PSOL) .
“Inacreditável! Justo no dia das eleições, Porto Alegre não terá passe livre. Os vereadores e o prefeito da Capital tiraram a possibilidade de muitos exercerem a cidadania e democracia. Qual o interesse em impedir o deslocamento para votação dos mais pobres?”, postou a candidata a deputada federal Juliana Brizola (PDT).