Sandra de Moraes Gimenes Bosco (44) era, até a última semana, uma professora universitária da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Botucatu, no interior de São Paulo, e ganhava salário de R$ 21.185,26.
Ela foi desligada do emprego no último dia 29 de abril após ser detida, ainda em janeiro, por conta dos antidemocráticos que em apoio a um suposto golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram as sedes dos três poderes em Brasília no último dia 8 de janeiro.
A demissão de Sandra foi assinada pelo reitor da Unesp, Pasqual Barretti, e publicada no Diário Oficial no final do último mês. Ela estava afastada desde 10 de janeiro. A instituição considerou a conduta da professora como uma “infração disciplinar de natureza gravíssima”, conforme afirmou em nota oficial divulgada para a imprensa. Ela teria violado “deveres funcionais previstos no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado”.
De acordo com a Unesp, Sandra violou os incisos 13 e 14 do artigo 241 da Lei 10.261/1968. O inciso 13 aponta que é necessário o servidor “estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço que digam respeito às suas funções”. Já o inciso 14 aponta os funcionários devem “proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública”. Sandra ainda pode recorrer da decisão.
A professora foi detida em 9 de janeiro dentro de um ônibus que transportava ao todo 44 pessoas após os ataques de 8 de janeiro. O veículo foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal já longe da capital do país, em Onda Verde, município próximo de Ribeirão Preto no interior de São Paulo.
Segundo relatos que constam na imprensa, entre os passageiros havia pessoas feridas por balas de borracha nas pernas que confessaram participação nos ataques. Todos foram ouvidos para, em seguida, serem liberados.
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