Pré-candidato a vice de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais deste ano, o general Braga Netto (PL) teria dito a empresários que não haverá eleição se não for feita a auditoria dos votos defendida pelo mandatário da República.
A informação foi publicada na coluna da Malu Gaspar, no jornal O Globo, com base na declaração de empresários que participaram do evento.
A ameaça, que teria sido proferida na última sexta-feira (24/6), teria deixado os empresários da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro constrangidos. Houve um incômodo silêncio após a declaração, registrou a colunista.
Em nota, o ex-ministro de Bolsonaro negou que tenha afirmado que sem auditoria não haverá eleições, e alegou que houve uma “má interpreção ou entendimento fora do contexto do interlocutor”.
“Diversas instituições, entre elas o MJSP [Ministério da Justiça e da Segurança Pública] e o MD [Ministério da Defesa], sob a coordenação do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] têm adotado as medidas propostas para aperfeiçoar a transparência e a segurança do processo eleitoral”, escreveu a assessoria de Braga Netto.
Segundo a nota, a auditagem está prevista em lei. “Em sua fala, Braga Netto apenas reafirmou a importância desse instrumento para que a confiança no sistema eleitoral seja fortalecida”, prosseguiu.