A Alfacon, escola de curso preparatório para corporações de polícia, voltou aos holofotes nos últimos dias após a revelação de um vídeo em que um de seus ‘professores’, Ronaldo Bandeira, ensina seus alunos a como transformar uma viatura policial em uma “câmara de gás”, exatamente o mesmo método utilizado por policiais rodoviários federais de Sergipe para matar Genivaldo de Jesus.
Não é a primeira vez que a escola, com a qual Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) têm relação, se encontra no centro de uma polêmica.
Em 2020 foi revelado um vídeo em que o ex-policial militar Norberto Florindo Junior, durante Aula na Alfacon, admitiu que ao realizar operações policiais nas favelas “entrava chacinando”.
“Filho de peixinho, peixinho é. Uma vagabunda criminosa só vai gerar o quê? Um vagabundinho criminoso. Por isso que quanto eu entrava chacinando eu matava todo mundo. Mãe, filho, bebê. Foda-se. Eu já elimino o mal na fonte. Vou deixar o diabo crescer?”, afirmou.
“Uma vagabunda criminosa só vai gerar o que? Um vagabundinho criminoso. Por isso quando entrava chacinando, eu matava todo mundo: mãe, filho, bebê.” Mais uma aula na AlfaCon, cursinho preparatório que @jairbolsonaro fez propaganda. pic.twitter.com/kpkkP4gLdZ
— Flávio Costa (@flaviocostaf) October 26, 2020
Após a revelação do vídeo, Florindo Junior prestou depoimento à Polícia Civil e alegou ter criado um “personagem” para “descontrair” seus alunos. “No intervalo da aula de 30 minutos, objetivando descontrair os alunos, ele criou um personagem fictício ‘capitão Norberto’ o qual apregoava que o bandido deveria ser tratado de forma enérgica, mas dentro da lei”, diz o depoimento à época divulgado pelo UOL.