O ator Wagner Moura disse em entrevista ao Roda Viva nesta segunda-feira (1º/11) que seu filme sobre o guerrilheiro comunista Carlos Marighella, assassinado pela ditadura militar em 4 de novembro de 1969, “não é apenas sobre quem resistiu à ditadura militar nas décadas de 1960 e 1970, é sobre os que resistem hoje no Brasil”.
Para ele, o filme que será lançado nesta quinta-feira (4) aponta também para toda uma história pregressa do Brasil. “[O filme] homenageia também Canudos, Palmares, a Revolta dos Malês e outras revoltas populares que sempre foram contadas sobre o ponto de vista do dominador.”
O ator apontou ameaças feitas à produção do filme e um ataque por homens encapuzados a um campo do MST em Prado, na Bahia, onde o filme deve ser exibido. “Eu não tenho medo dessa gente, são covardes”, declarou. “Fazer um filme sobre Marighella no Brasil faz parte de um movimento contra o fascismo do qual me orgulho de participar”, destaca reportagem da Folha de S.Paulo.