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Copom eleva a taxa básica de juros de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano

O comunicado do Copom diz que a decisão é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa

Copom eleva a taxa básica de juros de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano

O comunicado do Copom diz que a decisão é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (11/12), elevar a taxa básica de juros do país, a Selic, de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano, aumento de 1 ponto percentual — valor dentro da projeção do mercado financeiro.

A decisão foi unânime, tendo votado pela elevação da taxa para 12,25% os seguintes membros do comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

O comunicado do Copom diz que a decisão é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.

O texto ainda diz que o comitê antevê, “em se confirmando o cenário esperado”, ajustes de mesma magnitude nas próximas duas reuniões.

“A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

Depois dessa reunião, que marca a despedida de Roberto Campos Neto da presidência do BC, o colegiado só se encontrará em 2025 sob o comando do atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula (PT).

Este é o terceiro aumento consecutivo dos juros no país (setembro, novembro e dezembro), além de ser a maior elevação da taxa desde maio de 2022 — à época, todo o colegiado do BC aprovou acréscimo de 1 ponto percentual na Selic, que ficou em 12,75% ao ano.

Com a decisão, a Selic volta ao mesmo patamar de novembro de 2023. A única diferença é que, à época, o Copom seguia fazendo cortes nos juros do país. Em 2024, a redução da taxa só foi interrompida em 19 de junho, quando se manteve estável em 10,50% ao ano.

Embora significativa, a elevação dos juros não surpreende. Isso porque, além da alta inflação e dólar nas alturas, declarações de integrantes da diretoria do Banco Central deram a entender que o Copom poderia adotar política monetária mais contracionista, ou seja, optar pelo aumento da Selic para frear a subida da inflação.

Em recente declaração, o próximo presidente do BC disse que o atual cenário econômico dá indicativos para “juros mais altos por mais tempo”. De acordo com Galípolo, “parece lógico que, para uma economia que se revela mais dinâmica do que se esperava, somado a uma moeda doméstica mais desvalorizada, isso demande uma política monetária mais contracionista”

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