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Gasolina já teve 11 aumentos neste ano

Petrobras informou, nesta segunda-feira, que combustível passará por reajuste de 7%. Diesel terá alta pela 9ª vez apenas em 2021

Gasolina já teve 11 aumentos neste ano

No início deste ano, a gasolina era vendida para as distribuidoras pelo valor médio de R$ 1,85 e o diesel, a R$ 2,02. Ao longo de 2021, portanto, os preços desses combustíveis acumulam alta de 72,3% e 65,4%, respectivamente.

Os aumentos anunciados pela Petrobras, nesta segunda-feira (25/10), sobre os preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras são, respectivamente, o 11º e o 9º do ano, de acordo com levantamento do Metrópoles com base em dados publicados pela estatal.

O preço médio de venda da gasolina pelas refinarias passará, a partir desta terça-feira (26/10), de R$ 2,98 para R$ 3,19, por litro. Para o diesel, o valor médio de venda subirá de R$ 3,06 para R$ 3,34, também por litro.

Segundo a companhia, os ajustes são “importantes” para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento.

No início deste ano, a gasolina era vendida para as distribuidoras pelo valor médio de R$ 1,85 e o diesel, a R$ 2,02. Ao longo de 2021, portanto, os preços desses combustíveis acumulam alta de 72,3% e 65,4%, respectivamente.

De acordo com economistas ouvidos pelo Metrópolesa disparada da moeda americana no câmbio encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril.

“O dólar é o grande vilão da alta do preço da gasolina. Mesmo com o preço do petróleo internacional tendo caído recentemente, a alta da moeda americana faz com que a Petrobras não consiga repor os preços”, afirma o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira.

Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS). No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço nos postos é calculado da seguinte forma:

  • 27,9% – tributo estadual (ICMS)
  • 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
  • 32,9% – lucro da Petrobras (indiretamente, do governo federal, além dos acionistas)
  • 15,9% – custo do etanol presente na mistura
  • 11,7% – distribuição e revenda do combustível

Para o diesel, a segmentação ocorre de maneira diferenciada, com uma fatia destinada para o lucro da Petrobras significativamente maior.

  • 15,9% – tributo estadual (ICMS)
  • 7% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
  • 52,6% – lucro da Petrobras
  • 11,3% – presença de biodiesel na mistura
  • 13,2% – distribuição e revenda

Atualmente, o valor médio cobrado pelo litro da gasolina nos postos é R$ 6,36. Enquanto o diesel é comercializado, em média, por R$ 4,98.

Leia matéria completa no  (metropoles.com)