O governo brasileiro cobrou uma retratação formal do Carrefour após as declarações do CEO global da empresa, Alexandre Bompard.
Na última quarta-feira (20), Bompard anunciou que a empresa deixará de comprar carne dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, e questionou o padrão de qualidade do produto.
“O movimento de prestigiar os produtores franceses é legítimo. O problema é quando ele fala em não cumprimento de regras sanitárias. Aí não aceitamos. Eles compram a carne brasileira há 40 anos”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ao blog da Julia Duailibi.
Produtores brasileiros decidiram iniciar um boicote ao Carrefour, inclusive no Brasil, em resposta às declarações do CEO da empresa francesa.
Para o governo brasileiro, a reação foi rápida e necessária. A expectativa é que, diante da resposta dos produtores brasileiros, a empresa modere sua posição.
“A reação do agro brasileiro foi forte, como tem que ser, diante de um ataque à imagem da carne brasileira, sem qualquer justificativa, por protecionismo puro e simples, como se já não bastassem tarifas e outras barreiras existentes há décadas”, disse um diplomata.
Em nota, o Carrefour no Brasil afirmou que está “em diálogo constante na busca de soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne”.