O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (18/11), que “não há razão para medo” sobre a política fiscal de seu futuro governo. A declaração é feita após reação negativa do mercado financeiro ao seu discurso na COP27, no Egito, quando defendeu que a equipe técnica da transição pense na responsabilidade social, além da fiscal.
“Eu fico às vezes chateado quando vejo sinais de ‘olha qual é a política fiscal’. Primeiro, eu tenho dito que ninguém tem autoridade para falar em política fiscal comigo porque durante todo o meu governo eu fui o único país do G20 que teve superávit durante todos os anos do meu mandato”, disse, ao lado do primeiro-ministro de Portugal, António Costa. O futuro presidente do Brasil visita o país europeu após participar da COP27.
“Eu aprendi com a minha mãe, que era analfabeta, que a gente só pode gastar o que a gente tem ou ganha. Mas se a gente tiver que fazer uma dívida para construir um ativo novo, que a gente faça com responsabilidade para que o país volte a crescer”, declarou o petista. “Não há razão para medo.”