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Beija-Flor é campeã do Carnaval do Rio na despedida de Neguinho da Beija-Flor

O resultado foi acompanhado de perto pela diretoria e integrantes da escola. Como já é tradição nas apurações dos desfiles, a cada ponto conquistado, as reações eram um misto de nervosismo, tensão e esperança.

Beija-Flor é campeã do Carnaval do Rio na despedida de Neguinho da Beija-Flor

A Beija-Flor é a campeã do Carnaval do Rio de 2025. Esse é o 15º título da escola, conquistado na despedida de Neguinho da Beija-Flor, que se aposenta dos vocais da escola…

A Beija-Flor de Nilópolis é a grande campeã Grupo Especial do Carnaval carioca de 2025, após apuração realizada na tarde desta quarta-feira (5/3) na região central da Cidade do Samba, na zona Portuária do Rio de Janeiro. A escola de samba chegou ao 15º título de sua história na despedida de Neguinho da Beija-Flor.

O Grêmio Recreativo foi o segundo a se apresentar na segunda noite de desfiles e levantou o público com o enredo “Laíla de Todos os Santos”.

A Beija-Flor revisitou a infância de Laíla, reverenciou sua devoção aos orixás e sua trajetória na agremiação. Toda a família de Laíla acompanhou o desfile.

A escola de samba é a terceira maior campeã do Carnaval carioca. Antes, conquistou títulos em 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018.

O resultado foi acompanhado de perto pela diretoria e integrantes da escola. Como já é tradição nas apurações dos desfiles, a cada ponto conquistado, as reações eram um misto de nervosismo, tensão e esperança.

E, no instante em que a nota final foi anunciada por Jorge Perlingeiro, a voz oficial da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), foi uma explosão de sentimentos e emoções.

Neguinho já tinha feito a “previsão” de voltar no sábado das campeãs. Ao UOL, ele deixou claro que não está se aposentando da avenida, apenas do carro de som

O samba-enredo

Laíla de Todos os Santos, Laíla de Todos os Sambas

Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô

Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô

Kaô, meu velho
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô, meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar

Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira

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O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza

Vencer, o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações

Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô

Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô