
“Minha mãe se deitou com o filho dele, seu Zé Lêoncio. Ela o chamava de mineirinho porque não se lembrava do nome”. O fazendeiro conta que era ele o filho de Joventino e era a primeira vez que tinha uma mulher, que o chamava de mineirinho.
Nos próximos capítulos de Pantanal, Zé Leôncio (Marcos Palmeira) descobre que Zé Lucas (Irandhir Santos) é seu filho com a prostituta Generosa (Giovanna Cordeiro). Após visitar a avó de criação, dona Jacutinga (Glaucia Rodrigues), o rapaz segue pela estrada afora atrás do seu destino. Ele anda sem rumo, até que pega uma carona para Mato Grosso do Sul. Lá, ele conhece o peão chefe de comitiva Túlio (Jackson Antunes), que lhe oferece um trabalho temporário em sua comitiva. Poucos dias depois, eles chegam e são recebidos com um tratamento de primeira do anfitrião. É que Túlio trabalhou com o pai de Zé.
Assim que vê o rapaz ao lado do amigo de longa data, Leôncio leva um susto, por conta da grande semelhança entre ele e o seu pai, Joventino (Irandhir Santos). O patriarca convida Túlio e Zé Lucas para almoçar. Depois, a dupla joga carta com o anfitrião e peões. A todo o momento, apesar de perceber a timidez do rapaz, Leôncio conversa com ele. Ainda com uma pulga atrás da orelha, o fazendeiro diz que está precisando de mais um peão e o convida para trabalhar na fazenda. Em certo momento, o patriarca pergunta qual é o sobrenome dele. Zé Lucas conta que se chama “José Lucas De Nada”.
Ele acaba revelando a sua história. José Leôncio fica cada vez mais convicto de que o rapaz é filho de seu pai, Joventino. Zé Lucas insiste em saber onde ele quer chegar. Até que Zé Leôncio revela que seu pai também se chamava Joventino, era chefe de comitiva e um homem alegre e debochado, como o Joventino das memórias da avó dele. “E costumava fechar as casas de mulher por onde passava”.
José Leôncio lembra de uma viagem que fez com pai e passou por uma currutela, em Goiás. Ele fala que tinha também uma moça muito bonita, que se chamava Generosa. “Eu era molecote. Era a primeira vez que eu entrava numa casa dessa”. O rapaz quer saber o que o fazendeiro está imaginando. “Que ocê pode ser meu irmão por parte de pai”, constata ele. Lucas revela que não pode ser, porque a sua mãe foi a única mulher que nunca se deitou com Joventino. “Minha mãe se deitou com o filho dele, seu Zé Lêoncio. Ela o chamava de mineirinho porque não se lembrava do nome”. O fazendeiro conta que era ele o filho de Joventino e era a primeira vez que tinha uma mulher, que o chamava de mineirinho.
Zé Lucas pergunta se ele lembra do nome da moça. “Como se fosse hoje. Era a mulher mais bonita daquela casa e se chamava Generosa”. O rapaz se emociona com a constatação. Ele conta que a mãe o pariu xingando muito aquele molecote, já que esteve com tantos homens e engravidou dele. “Esse molecote era eu”, constata José Leôncio, emocionado. “Se for, tô diante do meu pai”, afirma Zé Lucas. “Se esse molecote era filho do Joventino, eu tô diante do meu filho”, emenda o fazendeiro. Os dois não seguram a emoção.