Eram já quatro jogos de Copa do Mundo sem marcar, um pênalti perdido e uma pressão enorme. Robert Lewandowski precisava dar a resposta para a Polônia, para o time, para ele mesmo. E conseguiu. Fez um gol, afinal, e chorou no gramado.
“Ainda no hino, eu já me senti muito emocionado. É difícil explicar por que foram tão fortes as emoções hoje”, disse Lewandowski após a partida. “Quanto mais velho, mais emotivo eu fico. É minha última Copa do Mundo e eu queria muito marcar.”
Lewandowski é alvo e referência de tudo o que a Polônia faz em campo. O time joga para ele e por ele. Foi assim contra a Arábia Saudita, a seleção que havia batido a Argentina na primeira rodada.
Os argentinos não conseguiram superar a linha alta dos sauditas, e Messi se perdeu entre adversários no segundo tempo. Sofreu marcação forte e sucumbiu junto com a equipe. É claro que o estilo de jogo da Polônia é completamente diferente, mas, no fim, tudo se resumiu à luta de Lewa, sozinho no meio de um mundo de jogadores vestidos de verde e uma torcida feroz na arquibancada do Education City
Ele foi intimidado desde o começo pelos zagueiros adversários e chegou a chamar a atenção do árbitro brasileiro Wilton Pereira Sampaio. Se movimentou pelos dois lados do campo, para arrastar a marcação, receber bolas e tentar prepará-las para quem viesse de trás.
Chegou a receber uma boa enfiada, mas Sampaio marcou falta no lance anterior. Errou um domínio após um lançamento que poderia virar mano a mano. No fim do primeiro tempo, afinal, recebeu um bom passe na área mas, fechado pelo goleiro, teve a calma de dominar e encontrar o passe de gol para Zielinski.