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Assassinato de petista Justiça do PR nega pedido para revogar prisão preventiva de bolsonarista

Guaranho está no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba desde a madrugada deste sábado (13). Ele foi transferido para o local após ter a prisão domiciliar revogada na sexta-feira (12).

Assassinato de petista Justiça do PR nega pedido para revogar prisão preventiva de bolsonarista

Em nota, a defesa de Guaranho disse que o réu "está com a vida em risco", e que a defesa levará a decisão a outras instâncias e órgãos pertinentes.

Citando a proximidade das eleições, a Justiça do Paraná negou neste sábado (13) o pedido de habeas corpus (HC) para revogar a prisão preventiva do policial penal Jorge Guaranho, réu pela morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda. Os advogados do acusado alegavam, entre outros pontos, que a prisão é ilegal.

Guaranho está no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba desde a madrugada deste sábado (13). Ele foi transferido para o local após ter a prisão domiciliar revogada na sexta-feira (12). Apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro, Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado. O crime foi em julho, em uma festa de aniversário com tema do PT.

No despacho que recusou o HC, o desembargador Xisto Pereira refutou todas as argumentações da defesa, entre elas, a de que o Guaranho não apresenta riscos à ordem pública. Entre os pontos citados para manutenção da prisão, o relator citou “as eleições que se avizinham”.

“O crime em tese praticado causou enorme e concreta repercussão social, até mesmo internacional, fazendo-se necessário o acautelamento da ordem pública […] A intolerância, motivada por exagerada paixão, não pode ser aceita e deve ser coibida pelo Poder Judiciário, tendo em vista as eleições que se avizinham e o conturbado panorama do atual processo eleitoral, sob pena de consequente sensação de impunidade, que poderá gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”.

Em nota, a defesa de Guaranho disse que o réu “está com a vida em risco”, e que a defesa levará a decisão a outras instâncias e órgãos pertinentes.

No mesmo pedido de HC, a defesa solicitava que em caso de eventual negativa de revogação da prisão preventiva, que houvesse conversão para prisão domiciliar humanitária – o que também não foi atendido.

Na decisão, o magistrado disse que apesar de Guaranho ainda necessitar de cuidados, o paciente recebeu alta hospitalar, “de modo que a assistência de que necessita pode ser prestada por profissionais que atuam no sistema prisional”.

matéria completa no G1 (globo.com)