O servidor público Rafael Fernandez Rodrigues, réu confesso do assassinato da modelo e ex-Miss Manicoré, Kimberly Karen Mota de Oliveira, foi condenado, nesta quinta-feira (28), a 14 anos de prisão. A condenação aconteceu quase um ano e meio após a morte da ex-Miss. A sentença foi dada pela juíza Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo, da 2ª Vara do Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
O julgamento de Rafael começou na manhã da última quarta-feira (27), por volta das 10h da manhã, e terminou hoje, por volta das 15h45. A sessão foi suspensa depois das 21h de quarta, e retomada na manhã desta quinta-feira. Ao todo, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação, e três testemunhas convocadas pela defesa de Rafael, defendido pelos advogados Josemar Berçot, Josemar Berçot Junior, Eguinaldo Gonçalves de Moura e Camila Alencar de Brito.
Rafael e as testemunhas de defesa foram ouvidas ainda na quarta-feira, começando pela mãe da modelo, Neylla Pinheiro Mota. Dona Neylla está internada no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), em Manaus, para tratamento médico, e deu seu depoimento por videoconferência.
Rafael foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que tornou impossível a defesa da vítima, e feminicídio. Rafael ex-namorada Kimberly Mota em 11 de maio de 2020, em seu apartamento na avenida Joaquim Nabuco, no Centro, durante a madrugada, com três facadas.
Rafael fugiu logo após o crime, mas no dia 15 de maio, foi encontrado escondido em Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela. Ele teria tentado entrar no país, mas foi barrado pela Alfândega venezuelana. Capturado e levado para Boa Vista (RR), Rafael confessou o assassinato de Kimberly.