A Balada Eventos e Produções Limitada, empresa do cantor Gusttavo Lima, foi alvo de medidas judiciais no contexto de uma operação que também resultou na prisão de Deolane Bezerra na última quarta-feira, conforme reportagem do Fantástico, da TV Globo, deste domingo.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões da empresa de Gusttavo Lima, além de sequestrar todos os imóveis e embarcações registrados em nome da Balada. Segundo informações, a empresa era utilizada em um esquema de lavagem de dinheiro oriundo de apostas ilegais, associado a uma empresa de José da Rocha Neto, proprietário da Vai de Bet e onde Lima atua como garoto-propaganda.
José da Rocha Neto, considerado foragido pela Justiça, estava na Grécia durante o lançamento da operação, coincidentemente celebrando o aniversário do cantor. Sua empresa, a JMJ Participações LTDA, estava em processo de adquirir um avião de Gusttavo Lima, apreendido durante a operação. A ANAC confirmou que a aeronave ainda está registrada no nome de Lima, mas em transferência para a empresa de Rocha Neto.
Posição da Defesa
A nota também enfatiza que a Balada, responsável pela gestão da carreira de Gusttavo Lima, opera sempre em conformidade com as leis e jamais seria conivente com práticas ilegais. A empresa planeja apresentar todos os documentos necessários nos autos para provar sua não participação nos crimes investigados.
Após a veiculação da reportagem, Gusttavo Lima usou o Instagram para se pronunciar, classificando as acusações como uma “injustiça” e criticando o que chamou de “fake news” e “excesso” da Justiça em vincular seu nome ao esquema de lavagem de dinheiro.
Extensão da Operação Integration
A operação “Integration”, que teve início em abril de 2023, visa desarticular uma rede criminosa envolvida com jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Além dos bloqueios financeiros e prisões, a operação incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares, todos autorizados pelo juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca do Recife.
A Justiça também bloqueou R$ 35 milhões das contas de Rocha Neto e mais R$ 160 milhões de suas empresas, além de outros ativos no valor de R$ 2,1 bilhões. Os investigados foram obrigados a entregar passaportes e, em alguns casos, tiveram seus portes de armas suspensos.
Durante a operação, foram apreendidos não apenas o avião, mas também um helicóptero, carros de luxo, dinheiro em espécie, incluindo dólares e euros, e dezenas de joias.