O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e outros quatro militares perderam a oportunidade de serem promovidos a coronéis no Exército. Todos são investigados pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado.
Na semana passada, o Exército concluiu o segundo ciclo de promoções para oficiais formados pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 2000. A turma de Cid ainda terá duas novas janelas de promoções, previstas para dezembro de 2024 e abril de 2025.
Além de Cid, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques de Almeida, Sergio Cavaliere e Ronald Ferreira também foram vetados de serem promovidos.
Os militares foram impedidos de concorrer às promoções e removidos do Quadro de Acesso (lista dos melhores colocados da turma) devido à suspensão de suas funções no Exército, segundo generais ouvidos pela Folha de S.Paulo. A suspensão das atividades foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os militares poderão ser reintegrados à lista de promoções no futuro, caso sejam absolvidos pela PF e o STF revogue as restrições. A expectativa entre os militares era que Cid, um dos melhores colocados de sua turma na Aman, fosse promovido a coronel na primeira oportunidade.