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Comandantes das Forças Armadas condenam “eventuais excessos” em manifestações golpistas

Nota assinada pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica afirma que os militares estão focados no seu "papel constitucional"

Comandantes das Forças Armadas condenam "eventuais excessos" em manifestações golpistas

O comunicado destaca, ainda, que a "construção da verdadeira democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social" e observa que as "autoridades da República"

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica criticaram, por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (11), as manifestações de caráter golpista contra o resultado das eleições que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência do Brasil e afirmando que os militares estão focados no seu “papel constitucional”. No texto, de acordo com o jornal O Globo, eles também reafirmam o “compromisso irrestrito e inabalável com o povo brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil”.

“O texto da  nota é assinada pelo almirante de esquadra Almir Garnier dos Santos (Marinha), pelo general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e pelo tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) e foi divulgada em meio a atos realizados em frentes a unidades militares do país”, ressalta a reportagem.

Na nota, os chefes militares criticam “eventuais excessos” que “possam restringir os direitos individuais e coletivos” durante as manifestações.

“São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade”, destacam os militares.

O comunicado destaca, ainda, que a “construção da verdadeira democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social” e observa que as “autoridades da República” devem estar atentas “a todas as demandas legais e legítimas da população”, além de destacar a importância da independência entre os Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua”.