O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez, na noite desta sexta-feira (31/12), o último pronunciamento oficial do ano. O discurso, transmitido em todos os canais de TV e emissoras de rádio, teve duração de quase 6 minutos e foi gravado com antecedência, antes do mandatário viajar para férias em Santa Catarina.
Na fala, Bolsonaro defendeu o governo, voltou a se opor à obrigatoriedade do passaporte vacinal e criticou rivais políticos.
“Não apoiamos o passaporte vacinal. Nem qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar. Também, como anunciado pelo ministro da Saúde, defendemos que a vacina para as crianças entre cinco e onze anos sejam aplicadas somente com o consentimento dos pais e prescrição médica. A liberdade tem que ser respeitada.”
Mirando o eleitorado fiel, citou investimentos do BNDES no exterior e disse que o governo completou três anos sem corrupção. Além disso, falou sobre a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco e o pagamento do Auxílio Brasil.
Em outro momento, o presidente criticou os governadores dos estados pelas políticas de distanciamento e restrições sanitárias decretadas durante a pandemia. Para ele, foram as medidas econômicas federais que evitaram uma “quebradeira econômica” no país. Na sequência, atacou o programa Bolsa Família, percussor do atual programa de transferência de renda Auxílio Brasil.
Alguns ex-ministros também foram lembrados no discurso. “Formamos um ministério com pessoas capazes para enfrentar a todos os desafios. Ao longo do tempo, alguns o deixaram por livre e espontânea vontade. Outros foram substituídos por não se adequarem aos propósitos da maioria que me elegeu”, disse.
Atualmente, o ex-ministro de seu governo Sergio Moro (Podemos) afirma que estará na corrida presidencial para o próximo ano.