O general Valério Stumpf Trindade, um dos que operou para barrar o plano de tentativa de golpe de Estado, rejeitou internamente no Exército a acusação de que ele seria um informante do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Bolsonaristas sugerem que havia um “leva e trás” de Moraes no Exército ao citar algumas mensagens trocadas pelo então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, com um interlocutor e presentes no relatório do caso na Polícia Federal.
O nome Stumpf é mencionado como possível elo com o então presidente do TSE.
O general, hoje na reserva, era na época das eleições de 2022 chefe do Estado-Maior do Exército.
Nesta semana, ele disse a aliados que, nesta condição, manteve “uma interlocução institucional, legítima e usual com a Secretaria Geral do Tribunal Superior Eleitoral, como ocorre em todo período eleitoral”, segundo relatos, e que os assuntos eventualmente tratados passavam pelo Comandante do Exército.
Afirmou ainda que, nessa interlocução, com o conhecimento do Alto Comando do Exército, foi reforçado ao TSE uma proposta da Comissão de Fiscalização das Urnas Eletrônicas no sentido de se adotar o teste integridade com biometria e que a corte eleitoral acabou aprovando a proposta.
O general também relatou que tinha o dever funcional de se manifestar de forma veemente em favor da estabilidade institucional, deixando claro a impossibilidade da ruptura dentro e fora dos quartéis.
Afirmou ainda que essa posição “desagradou alguns radicais que não se alinhavam com os mesmos princípios” e que por isso ele e outros generais foram expostos em veículos alinhados a Bolsonaro.