O Superior Tribunal Militar (STM) voltou a determinar a prisão de sete jovens que haviam denunciado terem sido torturados nas dependências de um quartel do Exército no Rio de Janeiro, em 2018. Eles ficaram presos por mais de 500 dias sem julgamento até serem postos em liberdade em março deste ano, após decisão da juíza federal Marilena da Silva Bittencourt, da 4ª Auditoria do Fórum de Justiça Militar do Rio.
Segundo reportagem do jornal Extra, os jovens teriam sido presos sob a acusação de tráfico de drogas e porte ilegal de armas durante a intervenção federal na área de segurança fluminense ocorrida em 2018. Eles teriam sido levados para uma “sala vermelha” na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, na Zona Oeste, e teriam sido espancados pelos militares com pedaços de madeira e fios elétricos. Os laudos do IML confirmaram os espancamentos.
Na decisão que determinou a nova prisão, o ministro Péricles Aurélio Lima de Queiróz alegou a inexistência de provas de que os militares seriam os responsáveis pelas agressões e que os relatos se baseiam em “probabilidades e análises psicológicas”.