A Procuradoria da República do Rio de Janeiro encaminhou ao procurador-Geral da República, Augusto Aras, informações da “lava jato” fluminense para responder a questionamentos feitos pela Organização das Nações Unidas ao Ministério das Relações Exteriores.
Isso porque os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin relataram à ONU a tentativa de intimidação de que foram alvo, em setembro. Assim, o relator da organização sobre independência do Judiciário, Diego Garcia-Sayan, enviou carta ao governo brasileiro cobrando explicações sobre as operações de busca e apreensão que miraram advogados e escritórios de advocacia. O Itamaraty repassou a missiva ao Conselho Nacional do Ministério Público, que então solicitou informações à franquia fluminense da “lava jato”.
Segundo os 12 procuradores do MPF-RJ que assinam o ofício, não houve intimidação na denúncia apresentada contra advogados, no maior bote contra a advocacia já registrado no país.
No documento, eles também afirmam que não procedem as alegações narradas às Nações Unidas, como da indução de um réu colaborador e da ausência do contraditório num processo por crimes envolvendo desvios de recursos da Fecomércio, Sesc/RJ e Senac/RJ.
Cristiano Zanin e Roberto Teixeira estão entre os 26 primeiros réus do que o MPF batizou de operação “e$quema S”, uma ação penal que está com a tramitação suspensa por decisão de Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
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