Não causaria nenhuma admiração que, por desconhecimento jurídico ou mesmo por absoluta ignorância, o conselheiro Ari Moutinho desconheça o significado da palavra misoginia.
Talvez por isso agrediu covarde e acintosamente, na ultima terça-feira, 02, uma mulher apenas porque foi eleita presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“Mala suerte”, como diriam os vizinhos do Amazonas de língua espanhola.
Em todos os lugares, mesmo os mais remotos da face da terra – à exceção de alguns fundamentalistas, como o Irã, por exemplo- até uma criança sabe que mulher não se agride nem como uma flor.
Ari Moutinho, entretanto, agrediu, afrontou, e ameaçou Yara Lins da forma mais repulsiva e inaceitável em qualquer sociedade democrática, justa, solidária e fraterna.
Como o castigo vem à galope, nesta terça-feira, dia 10, o conselheiro deverá ouvir o vibrar ensurdecedor de vozes femininas indignadas a bradar Fora Ari Moutinho.
A manifestação está prevista para às 14 horas em frente ao prédio do TCE e pede o afastamento do conselheiro Ari Moutinho em solidariedade não só à Yara Lins mas, também, às mulheres vítimas da violência de gênero.
E isso não é tudo.
Yara Lins denunciou, nesta sexta-feira 06, que foi agredido por seu colega durante a eleição que definiu o retornou dela à presidência do órgão. Segundo Yara, Ari teria tratado a colega como “safada” e “cachorra”, “vadia”, “puta”, etc. e tal.
Com a grande repercussão do caso, a senadora Soraya Thronicke levou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, as denúncias da presidente eleita do TCE, Yara Lins, contra o conselheiro Ari Moutinho.
Nas redes sociais, Soraya comentou que levou o caso de Yara Lins às mãos de Alexandre de Moraes. Ela ainda destacou sobre a pena para quem pratica violência política e afirmou que o ministro do STF está muito sensibilizado com o caso.
“Na visita desta semana ao Ministro Alexandre de Moraes, levamos também o caso da Presidente do TCE-AM, Yara Lins. A violência política de gênero é hoje ação penal pública incondicionada à representação e SIM, dá cadeia! O Ministro está muito sensibilizado com o avanço dessa espécie de crime”, escreveu nas redes sociais.