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MP denuncia bolsonarista por homicídio qualificado e aponta motivação política

Promotor divergiu da Polícia Civil ao citar motivo fútil na denúncia contra Jorge Guaranho pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.

MP denuncia bolsonarista por homicídio qualificado e aponta motivação política

Ao detalhar a denúncia, os promotores afirmaram não ter sido constatada prática de crimes de ódio, discriminação, ou contra o estado democrático de direito.

policial penal Jorge Guaranho, que matou a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) nesta quarta-feira (20) por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum.

O órgão cita que o acusado agiu por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas” e que Guaranho colocou a vida de mais pessoas ao efetuar os disparos no salão de festas.

A denúncia foi apresentada em coletiva de imprensa pelos promotores de Justiça Tiago Lisboa e Luís Marcelo Mafra Bernardes da Silva. Como o acusado está preso, o prazo legal para o oferecimento da denúncia, de cinco dias, encerra nesta quarta.

Ao detalhar a denúncia, os promotores afirmaram não ter sido constatada prática de crimes de ódio, discriminação, ou contra o estado democrático de direito.

“Esperamos que esse caso emblemático do Marcelo Arruda sirva de freio de arrumação para essa escalada da violência que o nosso país tem vivenciado no espectro político-partidário. Nó precisamos parar com isso. Esperamos que esse seja o ponto terminal de tudo isso, por que, enquanto Ministério Público, não toleraremos práticas nessa natureza”, afirmou Mafra.

Lisboa afirmou ainda aguardar laudos serem anexados ao processo, mas que o MP avaliou que o material não é imprescindível ao oferecimento da denúncia.

De acordo com o promotor, tratam-se de laudos periciais de confronto balístico, do aparelho que gravou as imagens das câmeras de segurança do local do crime, do conteúdo do celular de Guaranho, do carro do policial e ainda do próprio local do crime.

Caso necessário, disse, os promotores podem fazer uma complementação à denúncia.

Leia matéria completa G1 (globo.com)