Citado por Jair Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional como um feito seu, o Pix foi gestado durante o governo Michel Temer, quando o economista Ilan Goldfajn presidia o Banco Central (BC). Com a criação do programa Agenda BC+, em dezembro de 2016, Goldfajn se comprometeu a “fomentar maior competitividade no mercado de prestação de serviços de pagamentos no Brasil”.
A promessa demorou mais de um ano para se concretizar já que a diretoria do BC estava mais preocupada em derrubar a inflação galopante que assolava o País diante da desastrosa gestão econômica de Dilma Rousseff.
Somente em maio de 2018, seis meses antes das eleições que elegeram Jair Bolsonaro presidente, o grupo de trabalho Pagamentos Instantâneos foi instituído pelo BC, com cinco subgrupos destinados a debater temas específicos como segurança e agilidade. Em 10 de maio daquele ano a primeira reunião foi realizada e os trabalhos deveriam ser concluídos até 30 de novembro. O grupo encerrou as atividades em 21 de dezembro, com a divulgação de um comunicado e do documento com a versão final dos requisitos fundamentais.
Cerca de 130 instituições, entre associações representativas, instituições bancárias, instituidores de arranjos de pagamento, instituições de pagamento, cooperativas, entidades governamentais, infraestruturas do mercado financeiro, fintechs, marketplaces, consultorias e escritórios de advocacia, participaram das discussões.
O Pix foi formalmente criado pelo BC em 12 de agosto de 2020, por meio de uma resolução. O desenvolvimento do sistema e a construção da marca ocorreram entre 2019 e 2020. O meio de pagamento foi lançado ao público em 16 novembro de 2020.