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Randolfe vai ao STF pedir investigação sobre imóveis da família Bolsonaro

Desde 1990 até os dias atuais, foram negociados 107 imóveis. Desses, pelo menos 51 foram adquiridos com uso de dinheiro vivo pelo clã Bolsonaro.

Randolfe vai ao STF pedir investigação sobre imóveis da família Bolsonaro

“Só enriquece na política e constrói esse patrimônio quem está roubando. Estou convencido que teve ladroagem e roubo de alguma forma”, complementou o senador. Após o programa ser encerrado, ele protocolou seu pedido ao STF.

Nesta quarta-feira (31), em participação no UOL News, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) disse que fará uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que autoridades competentes abram investigações sobre o caso dos pagamentos de imóveis com dinheiro vivo pela família do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Reportagem exclusiva do UOL, publicada na terça-feira (30), mostra que quase metade do patrimônio em imóveis de parentes do candidato à reeleição foi construída com uso de dinheiro em espécie nas últimas três décadas. Desde 1990 até os dias atuais, foram negociados 107 imóveis. Desses, pelo menos 51 foram adquiridos com uso de dinheiro vivo pelo clã Bolsonaro.

“Com o salário legal que a gente recebe não é possível. Estou há 10 anos em Brasília e não moro em mansão, moro no mesmo apartamento funcional e não comprei mansão. Não tenho carros de R$ 1 milhão, de R$ 500 mil, não tenho patrimônio dessa natureza. Creio eu que um salário de senador da República, que não é ruim, mais de R$ 22 mil, é incapaz desse tipo de fácil enriquecimento na política, é impossível”, afirmou Randolfe.

“Só enriquece na política e constrói esse patrimônio quem está roubando. Estou convencido que teve ladroagem e roubo de alguma forma”, complementou o senador. Após o programa ser encerrado, ele protocolou seu pedido ao STF.

O parlamentar chamou atenção para outras movimentações financeiras “atípicas”, criticando a possível falta de atuação de órgãos fiscalizadores, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“Queremos saber como é que esse dinheiro vivo anda circulando por aí. Por que o Coaf não identifica a retirada desse dinheiro vivo, já que qualquer tipo de movimentação acima de R$ 10 mil deveria ser identificado pelo Coaf? Como essas operações se deram?”, disse, encerrando o díalogo com o questionamento.

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