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Sem provas, Bolsonaro diz que governos anteriores tinham “gente envolvida com pedofilia”

Em 2019, o ocupante do Palácio do Planalto elogiou o general paraguaio Alfredo Stroessner, conhecido, entre outras atrocidades, por protagonizar estupros, mais especificamente de meninas virgens

Sem provas, Bolsonaro diz que governos anteriores tinham "gente envolvida com pedofilia"

Pesquisa mostra má impressão que o presidente, com recorde de reprovação, causa na população

Em solenidade nesta segunda-feira (17) alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Jair Bolsonaro disparou mais um de seus absurdos. Sem provas, ele afirmou que governos anteriores tinham “gente envolvida com pedofilia”.

Em 2019, Bolsonaro declarou apoio ao general paraguaio Alfredo Stroessner, conhecido, entre outras atrocidades, por protagonizar estupros, mais especificamente de meninas virgens. As vítimas tinham entre 10 e 15 anos. À época, Bolsonaro classificou Stroessner como “um homem de visão, um estadista”.

“Caso você encontrasse antes um adulto abusando de uma criança, não interessa a idade, [a recomendação era que] esse adulto deveria ser levado para um hospital e não para uma cadeia. Ou seja, era proteção à pedofilia. Era estímulo à pedofilia. Até porque tinha gente na época, do próprio governo, envolvido com pedofilia. É só fazer um breve exercício. O passado tá aí. Temos hoje a internet e isso é claríssimo”, disse Bolsonaro, sem citar nomes e nem apresentar provas.

“Isso aqui era Ministério dos Direitos Humanos? Podia ser tudo, menos isso. Até pelos perfis daquelas pessoas que ocuparam por critérios políticos este ministério”, afirmou também.

O evento ocorreu na sede do Ministério dos Direitos Humanos.