Há exato um ano, o padre Robson de Oliveira retomou as celebrações na igreja católica, após enfrentar uma série de acusações e suspeitas na Justiça em Goiás. Ele se transferiu para Mogi das Cruzes, no interior paulista, onde segue em atividade e tenta se desvencilhar do passado recente.
O padre ficou nacionalmente conhecido pelo período em que esteve à frente da Basílica de Trindade, da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e da Festa do Divino Pai Eterno, uma das maiores festividades religiosas do Brasil, que reúne em torno de 3 milhões de pessoas todos os anos.
A magnitude e o poder de tudo o que estava sob tutela do padre influenciaram, diretamente, na dimensão dos projetos e dos montantes doados por fiéis. A Operação Vendilhões, deflagrada em 2020 pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), descobriu que as associações de Robson arrecadavam cerca de R$ 20 milhões por mês.
O carro-chefe da presença dele em Goiás e que atraiu doações do Brasil inteiro foi o lançamento da obra do novo Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), uma construção avaliada hoje em mais de R$ 1,4 bilhão e que segue sem previsão de término.
A obra foi iniciada em 2012 e foi orçada, inicialmente, em R$ 100 milhões. O novo santuário foi projetado para se tornar uma das maiores igrejas do mundo e, ao mesmo tempo, corresponder à intenção de padre Robson de se tornar cada vez mais reconhecido no Brasil.