A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) respondeu com ruidoso Kkkkkkkkkkkk e emoji sorridente às questões formuladas à sua Assessoria de Comunicação sobre as irregularidades de funcionamento do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), aberto para o público em 2017 sem o alvará do Corpo de Bombeiros (AVCB) e o Habite-se da Prefeitura Municipal . >>>>>>https://matraqueiro.com.br/geral/novo-hugv-foi-inaugurado-sem-alvara-do-corpo-de-bombeiros-e-o-habite-se-da-prefeitura/
Não é de bom alvitre afirmar que a “divertida” maneira de comunicar com profissionais do jornalismo deva ser interpretada ou entendida como deboche.
Ignorar a seriedade dos fatos, entretanto, com kkkk e emoji, não parece razoável, inteligente, ético e profissional, não só pela relevância do assunto mas, também, pelo respeito aos profissionais que se dedicam ao jornalismo, comprometidos com a verdade e objetividade dos fatos. Não é razoável, também, que a Ufam permita que sua Assessoria trate jornalismo com kkk e emoji e queira que o HUGV descasque sozinho o “abacaxi” como se nada tivesse a ver com ele.
Infelizmente, foi dessa maneira que a assessoria respondeu à tentativa do site de ouvir a UFAM, que foi citada pelo HUGV como sendo a única responsável pela situação, uma vez o contrato de construção tenha sido firmado entre a Construtora Tecon e a FUA. Portanto, que contratou e pagou pela construção das duas torres de 12 e 13 andares do hospital.
“Oi, boa tarde. Você entra em contato com a assessoria de imprensa de lá, tá bom? Obrigado. É o Beto”. Essa foi a delicada e simplória resposta da Assessoria de Comunicação da Ufam.
Diferente da Ufam, o HUGV não escamoteou a informação e, sem tergiversação confirmou que o hospital funciona sem o AVCB e o Habite-se. Disse, também, que a construção do atual prédio do HUGV foi resultado de um contrato celebrado entre a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e a construtora responsável pela obra. Omitiu, contudo, que os seus engenheiros participaram da Comissão de fiscalização da obra.
Segundo fonte do Hospital e da Prefeitura do Campus, os engenheiros receberam da empresa Tecon a obra em definitivo com pendências e que por via de consequência tem impedido a expedição dos alvarás, tanto do Corpo de Bombeiros quanto do Implurb.
Ainda sobre o AVCB e o Habite-se a assessoria do HUGV declarou: “a informação que recebemos da Universidade é que o processo do “Habite-se” do prédio do HUGV encontra-se em tramitação no Instituto Municipal de Planejamento Urbano (IMPLURB). Sugerimos buscar a UFAM para mais informações”. A assessoria da Ufam foi procurada, mas preferiu insinuar que o abacaxi pertence ao HGGV tão somente.
Desde 2016, ou seja, há sete anos, o HUGV funciona sem o AVCB e o Habite-se e até que providências de caráter eminentemente burocráticos sejam adotadas continuará irregular sob a ótica da segurança.