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A queda de Bashar Al-Assad na Síria após mais de 50 anos de comando: o líder deixou o país, confirma o Kremlin

Vídeos e fotos de redes sociais tirados dentro da instalação após a captura pelos rebeldes revelaram celas apertadas. Eles também mostraram cenas de mulheres sendo libertadas, assim como uma criança.

A queda de Bashar Al-Assad na Síria após mais de 50 anos de comando: o líder deixou o país, confirma o Kremlin

Rebeldes sírios assumiram o controle da TV estatal local, com o canal interrompendo a programação regular para transmitir uma mensagem anunciando a queda do regime de Bashar al-Assad. Foto/ Omar Sanadiki / AP

O ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, negociou com a oposição armada que deixaria a presidência e sairia do país, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia no domingo (8).

A Rússia está muito preocupada com os acontecimentos recentes na Síria e conclama a rejeição do uso da violência e a resolução de todas as questões de governança por meios políticos, segundo a chancelaria.

“Como resultado das negociações entre Assad e vários participantes do conflito armado no território da Síria, ele decidiu renunciar à presidência e deixou o país, instruindo uma transferência pacífica de poder”, diz o comunicado.

De acordo com a informação, o lado russo não participou destas negociações.

O presidente sírio Bashar al-Assad participa de uma entrevista com a RIA Novosti em Moscou, 2023, Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2024

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Contudo, a Rússia está em contato com todas as formações da oposição síria, afirma a chancelaria.

Além disso, Moscou pede respeito às opiniões de “todas as forças etnoconfessionais da sociedade síria” para estabelecer um “processo político inclusivo” no país.

No que se trata das Forças Armadas russas presentes na Síria, o ministério disse que as bases militares russas no território sírio estão em alerta máximo, mas ainda não há ameaças sérias à sua segurança.

Anteriormente, o primeiro-ministro sírio Mohammed Ghazi al-Jalali, que ficou em Damasco, disse que a questão da presença militar da Rússia na Síria vai ser decidida pelas novas autoridades.