O principal índice de ações da bolsa de valores do país, a B3, fechou em forte queda nesta segunda-feira (20/9) e marcou a pontuação mais baixa do ano. O mercado externo também atingiu perdas significantes com a expectativa de calote por parte de uma empresa imobiliária chinesa.
O Ibovespa recuou 2,33%, chegando a 108.844 pontos. Com o resultado de hoje, a parcial do mês acumula perda de 8,37%. No ano, o recuo é de 8,55%. O dólar também fechou em alta, cotado a R$ 5,3327.
Na sexta-feira passada, a bolsa havia fechado em queda de 2,07%, a 111.439 pontos, acumulando baixa de 2,49% na semana. O dólar também fechou em alta, cotado a R$ 5,3327.
Um possível calote da gigante chinesa Evergrande está mexendo com o mercado em todo o mundo. O medo é uma possível fuga de risco, que deve implicar queda no preço do petróleo e disparada na cotação do dólar em relação ao real. De acordo com o banco suíço Swissquote, também há chances de impacto em outras empresas do setor imobiliário, que já somam dívidas de mais de US$ 300 bilhões.
Nesta segunda-feira (20/9), as bolsas no exterior também fecharam em queda. Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram 1,78%, 1,70% e 2,19%, respectivamente.
“Essa preocupação no setor de construção acabou contaminando outros setores econômicos”, explica Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.
A Evergrande já anunciou a credores que não conseguirá cumprir os pagamentos de juros da dívida. “O mercado de crédito da China é muito ligado ao imobiliário, e a situação da maior construtora local poderia causar um temor ainda maior, contaminando outros setores, como o financeiro”, afirmou em nota Julia Aquino, especialista em investimentos da Rico Investimentos.