Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira (5) na Praça de São Pedro, no Vaticano, para as últimas homenagens ao papa emérito Bento XVI antes do sepultamento do corpo.
Dezenas de milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira (5) na Praça de São Pedro, no Vaticano, para as últimas homenagens ao papa emérito Bento XVI antes do sepultamento do corpo. A cerimônia teve ares de ineditismo, dada a presença de um papa reinante, Francisco, mas seguiu os padrões de homenagens aos pontífices mortos.
Francisco chegou à celebração em cadeira de rodas, devido a dores no joelho, mas caminhou e esteve de pé em diferentes momentos da celebração. Emocionado, citou a frase “Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito”, as últimas palavras pronunciadas por Jesus na cruz, segundo a fé católica.
“Também nós, firmemente unidos às últimas palavras do Senhor e ao testemunho que marcou a sua vida, queremos, como comunidade eclesial, seguir as suas pegadas e confiar o nosso irmão às mãos do Pai: que estas mãos misericordiosas encontrem a sua lâmpada acesa com o azeite do Evangelho, que ele difundiu e testemunhou durante a sua vida”, afirmou o papa ao se despedir do antecessor.
Segundo informações oficiais do Vaticano, mais de 50 mil pessoas participaram das celebrações nesta quinta, incluindo “inúmeras” autoridades e chefes de Estado. A cerimônia foi conduzida por Francisco, com apoio do cardeal-decano Giovanni Batista Re, chefe da congregação dos bispos. Mais de 120 cardeais compareceram.
Após três dias de velório dentro da Basílica de São Pedro, o caixão com o corpo de Bento XVI foi levado para fora do templo para a celebração desta quinta. Após a missa realizada por Francisco, os restos mortais do papa emérito foram levados novamente para o interior da Basílica para uma cerimônia privada antes do sepultamento definitivo, em um espaço no interior do próprio templo.
Primeiro papa a renunciar ao cargo em quase 600 anos, Bento XVI nasceu Joseph Ratzinger, na Alemanha. Ele anunciou em 2013 que deixaria a principal cadeira da igreja católica devido a problemas de saúde, após oito anos no cargo. Viveu, portanto, por mais tempo como papa emérito que como papa reinante.
