O Congresso do Peru rejeitou, nesta terça-feira (7), o pedido de impeachment contra o presidente Pedro Castillo, do partido Peru Libre. A votação contou com 46 legisladores a favor e 76 contra, com quatro abstenções. Eram necessários 52 votos para aprovação.
Um grupo de 29 congressistas de oposição entrou com um pedido de vacância contra o atual presidente, em 26 de novembro, por “permanente incapacidade moral”.
O documento cita a investigação do Ministério Público local de um suposto financiamento ilícito do partido Peru Libre durante as eleições gerais e uma denúncia de tráfico de influência em promoções das Forças Armadas. O governo de Castillo ainda é acusado de ter funcionários públicos frequentando a casa que funcionou como comitê eleitoral, com um dos servidores assessorando uma empresa vencedora de licitação pública.
O então ministro da defesa Walter Ayala, acusado junto de Castillo de inferência nas promoções, renunciou em 15 de novembro. A denúncia foi realizada pelo ex-comandante-geral do Exército general José Vizcarra, que afirmou ter tido conhecimento de sua aposentadoria apenas por meio do Diário Oficial.
José Vizcarra declarou que foi aposentado após se recusar a promover militares recomendados por Ayala e pelo secretário-geral da Presidência, Bruno Pacheco. Para ele, os nomes não correspondiam aos cargos sugeridos pelo governo.
Ao deixar seu cargo, Ayala afirmou que sua atuação com as promoções era correta, e por isso ele assumiria “plena responsabilidade política” no caso. Ainda agradeceu Castillo, e pediu o fim da “politicagem” no país, para que fosse possível governar.
Segundo Castillo, o objetivo da oposição é retirar “o presidente sem nenhum apoio e com absoluta irresponsabilidade pelas consequências que esses atos antidemocráticos têm para a população”.
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